Os servidores municipais de Salvador iniciaram na última quinta-feira (6) uma greve por tempo indeterminado. Os serviços essenciais, como os postos de saúde que funcionam 24 horas por dia, permanecem abertos com efetivo de 30%. Contrariando a greve, o efetivo da Transalvador trabalha normalmente, segundo Mércia Arruti, presidente da Associação dos Servidores em Transporte e Trânsito do Município (Astram). De acordo com Jeiel Soares, diretor do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps), a categoria está em campanha salarial desde maio e a greve será mantida apesar de a prefeitura ter anunciado na terça passada um aumento médio de 17,5% anual aos 6.671 servidores que não estão contemplados no plano de cargos e salários da Secretaria Municipal de Saúde nem no reajuste da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, que foi de 19,84%. “Estamos negociando a campanha salarial de 2011. A prefeitura está querendo empurrar a situação com a barriga. Ninguém garante que ela irá cumprir mais este acordo”, disse.
Em nota, a administração municipal informou que mantém o canal de diálogo aberto com os servidores e tem interesse em criar um novo plano de cargos e vencimentos (PCV) para o funcionalismo, desde que o incremento gerado na folha salarial não supere R$ 30 milhões anuais aos cofres do município.
A proposta contempla apenas o grupo de 6.671 servidores, já que os colaboradores da saúde (9.836) e da educação (6.371) têm planos de cargos específicos. Outros 1.689 servidores das empresas públicas municipais não estão incluídos na proposta.
PROTESTO NO PRIMEIRO DIA DE GREVE
Os manifestantes interromperam o trânsito nos dois sentidos da Avenida Sete de Setembro, próximo à Praça Castro Alves e, de mãos dadas, cantaram o Hino Nacional Brasileiro. O trânsito segue complicado na região.
Os ânimos se exaltaram depois que a Polícia Militar impediu que o grupo seguisse em direção ao Centro Histórico, mas não houve tumulto. Conforme portaria do prefeito João Henrique, de dezembro de 2010, carros de som não podem seguir para a Praça Municipal.
A categoria, que entrou em greve a partir da meia noite desta quinta-feira, reinvindica o cumprimento do acordo coletivo de 2009/2010, que prevê o direito de assistência médica aos servidores; 40% de reajuste referente aos últimos três anos (2009/2011) e adoção do plano de cargos e vencimentos (PCV).
De acordo com a diretora do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps), Beatriz Rosa Santos, desde 2009 a categoria não consegue reajuste salarial o que resulta em perdas salariais de aproximadamente 130%. "Há mesas de negociações, porém não existe nenhuma proposta”, reclama.
Serviços
As operações tapa-buracos (Sucop), contra poluição sonora (Sucom) e a segurança nos postos de saúde, a cargo da Guarda Municipal, estão suspensas a partir de hoje.
Prefeitura - A Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria de Planejamento, Tecnologia e Gestão (Seplag), informou, em nota, que é de interesse da administração municipal criar um novo plano de cargos e vencimentos para os servidores municipais, desde que o reajuste não ultrapasse R$ 30 milhões anuais para os cofres do município.
Por conta dessa limitação, “o aumento não pode ser superior aos 17,5% oferecidos, que, se fossem aceitos, seriam válidos já a partir de janeiro de 2012”.
É uma vergonha os ataques covardes do Poder Executivo, do Poder Legislativo (omissão), do Poder Judiciário, contando com a cumplicidade muitas vezes do Ministério Público, AO LIVRE EXERCÍCIO DO DIREITO DE GREVE. Leia matéria, comente e divulgue em: http://valdecyalves.blogspot.com/2011/07/greve-no-servico-publico-direito.html
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